Produtos florestais não madeireiros abrangem (PFNM) plantas medicinais e ornamentais, resina, cipó, óleos, látex, taninos, sementes, mudas. Podemos ainda citar os serviços ecossistêmicos prestados pelas formações vegetais, como por exemplo o estoque de carbono que está intrinsecamente relacionado com a mitigação climática. Esses produtos são utilizados na alimentação, produção de cosméticos, construção de moradias, móveis, utensílios, biojóias, entre outros. A importância do manejo e do uso desses produtos é que, na maioria das vezes, ao explorá-los não há necessidade de derrubar a árvore, constituindo uma alternativa para conservar a floresta em pé e com reflexos positivos nos aspectos sociais, econômico e ambiental. A população se beneficia dos serviços e produtos da floresta, ao mesmo tempo em que se gera renda com agregação de valor de uso sustentável das florestas.
O óleo essencial mais explorado na região Norte do Brasil é o de A. rosaeodora, conhecido popularmente como “pau-rosa”. A exploração para extração deste óleo tem sido executada desde 1911, desempenhando uma importante função econômica da região amazônica devido à alta concentração de linalol na constituição química de seu óleo e, por isso, tendo sido considerado, desde aquele tempo, a principal fonte mundial desse componente. A exploração desenvolveu-sede forma rápida e desordenada a partir de 1920, a ponto de em 1927, das 200 toneladas produzidas, 80 não encontrarem mercado consumidor. Na década de 40 este produto ocupou o terceiro lugar na pauta de exportações da Amazônia. No entanto, a exploração diminuiu bastante a partir de 1952. Atualmente somente o município de Maués (AM) exporta o óleo de pau-rosa originado de plantios comerciais.